Entre 1835 e 1845, a Província que ousou ser República ficou separada entre farrapos e caramurus, como eram chamados aqueles que ficavam do lado do Império. Foi em 1834 que a Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, por não agüentar os altos impostos da carne seca (o charque) e as arbitrariedades políticas resolveu se mobilizar.
Até hoje historiadores buscam materializar em documentos e resgatar para o presente a epopéia farroupilha, as façanhas, o cunho separatista da revolta e os massacres de uma das maiores e mais importantes rebeliões.
A tradição farroupilha deixou para o estado uma forte idéia de autonomia e de liberdade, e a comemoração do dia 20 de setembro, data que marca o início do conflito com os imperiais. O Acendimento da Chama Crioula, cerimônia simbólica levada através de cada região, que busca na centelha da Chama os ideais revolucionários e os valores gaúchos, dá início a essas históricas comemorações no Rio Grande do Sul.
Este ano, o 62º Acendimento da Chama será em São Lourenço do Sul, na histórica Fazenda do Sobrado, que pertenceu à irmã de Bento Gonçalves e abrigou soldados durante a Revolução Farroupilha.
A Chama foi criada por um grupo de estudantes com o intuito de homenagear os soldados mortos na Revolução, significando liberdade e confraternização entre todas as regiões. Após o Acendimento da Chama Crioula, cada região virá a São Lourenço buscar uma centelha do fogo para levá-la a sua cidade. Este período, que dura de 22 de agosto a 20 de setembro abre todas as homenagens e programações festivas no Rio Grande do Sul.
Fonte: Departamento de Comunicação da Prefeitura Municipal de São Lourenço do Sul
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