MINHA ÁRVORE E EU
Gênero: Milonga
Cidade: Viamão e Jaguarão
Letra: Maurício Barcellos
Música: Maurício Barcellos, Tito Martins, Daniel Petry e João Manoel Pereira
Nos seus braços estendidos
Me embalei quando guri,
E aninhado no seu colo
Primaveras eu vivi.
Era o fruto pequenino
Pendurado em sua mão.
Fui ao céu por suas asas
Sem jamais sair do chão!
Quando o tempo me fez moço
Ela ainda estava lá,
Imponente e protetora
Como dona do lugar.
No frescor de suas sombras
Repousava meus verões
E escutando o seu silêncio
Aprendia suas lições!
No outono da existência
Não deixara de florir,
Pois sabia a companheira
A beleza de partir!
Eu cantava nossa história
Sem saber qual o final,
E ela a própria poesia
Na moldura do arrebol.
Hoje sento ao pé do fogo
E ela ainda está comigo...
É o repouso dos arreios
E é o banco pros amigos.
Quando chegou nosso inverno
Eu não quis dizer adeus.
Pai-de-fogo e fogo eterno,
Minha árvore e eu.
Gênero: Milonga
Cidade: Viamão e Jaguarão
Letra: Maurício Barcellos
Música: Maurício Barcellos, Tito Martins, Daniel Petry e João Manoel Pereira
Nos seus braços estendidos
Me embalei quando guri,
E aninhado no seu colo
Primaveras eu vivi.
Era o fruto pequenino
Pendurado em sua mão.
Fui ao céu por suas asas
Sem jamais sair do chão!
Quando o tempo me fez moço
Ela ainda estava lá,
Imponente e protetora
Como dona do lugar.
No frescor de suas sombras
Repousava meus verões
E escutando o seu silêncio
Aprendia suas lições!
No outono da existência
Não deixara de florir,
Pois sabia a companheira
A beleza de partir!
Eu cantava nossa história
Sem saber qual o final,
E ela a própria poesia
Na moldura do arrebol.
Hoje sento ao pé do fogo
E ela ainda está comigo...
É o repouso dos arreios
E é o banco pros amigos.
Quando chegou nosso inverno
Eu não quis dizer adeus.
Pai-de-fogo e fogo eterno,
Minha árvore e eu.
SABERÁS DE MIM
Gênero: Valsa
Cidade: Palmeira das Missões e Porto Alegre
Letra: Romulo chaves
Música: Gabriel Lucas dos Santos “Selvage”
Num verso lindo, de matar saudades
Ou quando a tarde estiver no fim...
Vais ouvir uma canção no vento
Neste momento, saberás de mim...
Ah, quem dera saber mais da vida
Esta medida entre o não e o sim...
Mas até mesmo na insegurança
Na voz da lembrança, saberás de mim!!
Virão segredos contando seus medos;
Esperança florindo os jardins;
Sentimento a vencer desalentos...
Exatamente assim... saberás de mim...
Nem mesmo o tempo cala estas canções
Feito as paixões de um bom folhetim...
Nesta inconstância que já não abate
No gosto de um mate, saberás de mim...
Quando o tempo escrever meu poema
Pra voz serena de algum querubim...
Tenho certeza, vou deixar pegadas
E olhando a estrada... saberás de mim...
/ Olhando a estrada... saberás de mim...\
SE A MATA MORRE
Gênero: Milonga
Cidade: Capão da canoa e Santa Maria
Letra: Vaine Darde
Música: Tuny Brum
Morro sem mata
é rio de terra,
é pedra solta
na ribanceira...
É natureza
que se revolta,
é ira d’água
em corredeira.
Margem sem mata
é rio faminto
que se desata
sobre o recinto.
É água em fuga
de rumo solto
que cobre a falta
do mato morto.
Se a mata morre
o morro mata
quem mora em volta
do que desmata.
Se a mata morre
há desvario
por onde corre revolto o rio..
Mata mantida
no morro verde
veda a vida
de fome e sede.
Resguarda o vale,
protege a vila
de que resvale
pedra e argila...
Mata de margem
não se arranca,
guarda a paisagem
sobre as barrancas.
A mata é dádiva
em desafio...
É vida ávida
de bicho e rio.
DE ÁGUA, CONCHA E AREIA
Gênero: Praieiro
Cidade: Porto Alegre
Letra e música : Caio Martinez
Plantei meus sonhos na areia
A onda veio e levou
Nunca mais achei o rumo
Do vento que me afastou
Vivendo na terra firme
Sem a força da maré
Sem marisqueira nos lábios
Nem tatuíra no pé
Não sei quem sou, sei que sofro
Sem lágrima pra rolar
Lamento de olhos secos
Melhor seria chorar
Tão logo abrir minhas velas
Sairei desse revés
Do porão que é a saudade
Voltarei ao meu convés
UM TEMPO BOM VIRÁ
DE AZUL E MAR
UM TEMPO BOM VIRÁ
Lamento de olhos secos
Melhor seria chorar
Tão logo abrir minhas velas
Sairei desse revés
Do porão que é a saudade
Voltarei ao meu convés
UM TEMPO BOM VIRÁ
DE AZUL E MAR
UM TEMPO BOM VIRÁ
DE BEM QUERER
E ao invés das avenidas
Do asfalto que incendeia
Meus pés pisarão remansos
De água, concha e areia
Voltar, mas como eu queria
E um dia vou retornar
Oh! Praia brava do tempo
Tenha calma ao me esperar
MILONGÓN DE LA CALLE
Gênero: Candombe
Cidade: Pelotas
Letra e Música: Lyber Barmudez
Tambores vienen sonando por la vereda
La gente esta alborotando con la madera
El Barrio se va llenando de gozadera
Y las lonjas van cantando lo que quieras
Va sudando si, el milongón de la calle
Candombeando va
Todos los domingos, El milongón de la calle
Viene alegrar...
La gente se va acercando bien despacito
Rambla sur esta alumbrando un sol bonito
Los niños vienen tramando como una farsa
De noche va haber ensayo de la comparsa
Repicando asi, el milongón de la calle
Toca chiquilin...
Todos los feriados, el milongón de la calle
Despierta futuro
La luna se esta asomando en Montevideo
La cuerda va organizando un batuqueo
Tamboriles van tronando por las llamadas
Y las vecinas cantando acaloradas.
JUVÊNCIO SOLDADO
Gênero: Afro
Cidade: Santo Antônio da Patrulha e Tramandaí
Letra: Chico Saga
Música: Mário Tressoldi
Um som de combate ecoou campo afora
A morte a espreita ao soar dos clarins
O sangue farrapo tingiu as coxilhas
A fúria da guerra invadiu os confins
Um nobre guerreiro fez parte da tropa
Juvêncio escravo com seu pelotão
Sonhou alforria ao invés de medalhas
Lutou pela pampa ao lado de irmãos
Juvêncio soldado nobreza e bravura
Matiz azulado dos negros lanceiros
Que abriam caminho, jogados à sorte
Aqueles que a morte encontrava primeiro
No sal das charqueadas um negro escravo
No sol da sua pátria ele foi majestade
No pó das batalhas Juvêncio Soldado
Na força da alma clamou liberdade
Lutou em “Porongos” na noite sangrenta
Insano cenário de revolução
David Canabarro mandou pra batalha
Os negros lanceiros sem arma na mão
Forjou-se o receio da tal rebeldia
Que assim lhe traria mais dor e conflito
E eles tombaram aos pés do inimigo
Espadas e tiros calaram seus gritos
Juvêncio Lanceiro um sobrevivente
Na linha de frente, fardado de noite,
Sem ter honrarias de herói farroupilha
Lhe deram de volta a dor do açoite.
NO SEU LUGAR
Gênero: Canção
Cidade: Bagé
Letra e Música: Fábio Peralta
Canta a cantiga da mata
Enquanto dá pra cantar
Pena que pena queimada
Não pôde voar...
Desviaram o curso do rio
Pra regar a plantação
Pela ganância de uns
Tenha sede a nação
O sapo não foi à festa
Pois a lagoa secou
A tartaruga sem casa
Que o homem tirou.
O tamanduá sem bandeira
A guerra expatriou
O papagaio faceiro
Não mais se alegrou...
Deixa estar no seu lugar
O que Deus plantou
Deixa o rio beijar o mar,
O peixe, a paz...
Bem -te -vi não cantou
Quero –quero não quis mais!
Colibri nem mais beijou,
Pois a flor morreu...
E ao invés das avenidas
Do asfalto que incendeia
Meus pés pisarão remansos
De água, concha e areia
Voltar, mas como eu queria
E um dia vou retornar
Oh! Praia brava do tempo
Tenha calma ao me esperar
MILONGÓN DE LA CALLE
Gênero: Candombe
Cidade: Pelotas
Letra e Música: Lyber Barmudez
Tambores vienen sonando por la vereda
La gente esta alborotando con la madera
El Barrio se va llenando de gozadera
Y las lonjas van cantando lo que quieras
Va sudando si, el milongón de la calle
Candombeando va
Todos los domingos, El milongón de la calle
Viene alegrar...
La gente se va acercando bien despacito
Rambla sur esta alumbrando un sol bonito
Los niños vienen tramando como una farsa
De noche va haber ensayo de la comparsa
Repicando asi, el milongón de la calle
Toca chiquilin...
Todos los feriados, el milongón de la calle
Despierta futuro
La luna se esta asomando en Montevideo
La cuerda va organizando un batuqueo
Tamboriles van tronando por las llamadas
Y las vecinas cantando acaloradas.
JUVÊNCIO SOLDADO
Gênero: Afro
Cidade: Santo Antônio da Patrulha e Tramandaí
Letra: Chico Saga
Música: Mário Tressoldi
Um som de combate ecoou campo afora
A morte a espreita ao soar dos clarins
O sangue farrapo tingiu as coxilhas
A fúria da guerra invadiu os confins
Um nobre guerreiro fez parte da tropa
Juvêncio escravo com seu pelotão
Sonhou alforria ao invés de medalhas
Lutou pela pampa ao lado de irmãos
Juvêncio soldado nobreza e bravura
Matiz azulado dos negros lanceiros
Que abriam caminho, jogados à sorte
Aqueles que a morte encontrava primeiro
No sal das charqueadas um negro escravo
No sol da sua pátria ele foi majestade
No pó das batalhas Juvêncio Soldado
Na força da alma clamou liberdade
Lutou em “Porongos” na noite sangrenta
Insano cenário de revolução
David Canabarro mandou pra batalha
Os negros lanceiros sem arma na mão
Forjou-se o receio da tal rebeldia
Que assim lhe traria mais dor e conflito
E eles tombaram aos pés do inimigo
Espadas e tiros calaram seus gritos
Juvêncio Lanceiro um sobrevivente
Na linha de frente, fardado de noite,
Sem ter honrarias de herói farroupilha
Lhe deram de volta a dor do açoite.
NO SEU LUGAR
Gênero: Canção
Cidade: Bagé
Letra e Música: Fábio Peralta
Canta a cantiga da mata
Enquanto dá pra cantar
Pena que pena queimada
Não pôde voar...
Desviaram o curso do rio
Pra regar a plantação
Pela ganância de uns
Tenha sede a nação
O sapo não foi à festa
Pois a lagoa secou
A tartaruga sem casa
Que o homem tirou.
O tamanduá sem bandeira
A guerra expatriou
O papagaio faceiro
Não mais se alegrou...
Deixa estar no seu lugar
O que Deus plantou
Deixa o rio beijar o mar,
O peixe, a paz...
Bem -te -vi não cantou
Quero –quero não quis mais!
Colibri nem mais beijou,
Pois a flor morreu...
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